domingo, 30 de abril de 2017

O adufe definhava até que Idanha o arrebatou e lhe deu nova vida



O adufe, com raízes que remontam às grandes civilizações antigas, volta agora a renascer em força nas aldeias de Idanha-a-Nova. Presente em grande parte das romarias da Beira Baixa, só as mulheres o tocam

É em Idanha-A-Nova, mais especificamente na zona histórica da vila, que se situa a Oficina de Artes Tradicionais, onde trabalha Catarina Mendonça, uma das poucas pessoas que, nos dias de hoje, produz adufes em Portugal. A calma e serenidade deste espaço permitem aprender ou observar técnicas milenares, nomeadamente da olaria, da tecelagem, a manufatura de adufes, marafonas, rodilhas, sacolas e muitas outras.

Do seu interior, sai o som de um ligeiro martelar. PUB Catarina, uma das quatro funcionárias do espaço, encontra-se na sua mesa de trabalho pregando as armas, pedaços de madeira que constituirão a base principal do adufe. Já com a armação finalizada, Catarina cobre-a com a pele, frequentemente de borrego ou ovelha. Antes de fazer o fecho do adufe, põe lá dentro caricas, para que ele possa produzir o seu som característico. “Antigamente eram colocadas chapas ou pedras.

 Hoje, utiliza-se caricas por serem mais fáceis de arranjar”, explica a funcionária. A pele é comprada, já curtida, a uma fábrica, chegando à oficina completamente seca e dura. Para poder ser trabalhada, é necessário que se coloque em água durante 24 horas, amolecendo-a.

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