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http://www.tvi.iol.pt/videos/13678384 para ver a reportagem da TVI sobre o acampamento.
O último acampamento, há cinco anos, tinha reunido nove mil pessoas
na totalidade, mas a adesão cresceu e estabeleceu novo recorde, fazendo
do encontro de 2012 o maior de sempre do escutismo português.
Desde sábado e ao longo de uma semana, estão acampadas e em atividade
de campo mais de 17 mil pessoas em Idanha-a-Nova, 14.500 jovens e
crianças e quase 2700 adultos.
O Acampamento Nacional de Escuteiros tem este ano uma proporção mais
reduzida de voluntários para cuidarem dos jovens e crianças, o que
obriga a esforço redobrado, disse hoje à agência Lusa o chefe nacional,
Carlos Alberto Pereira.
Este ano, "o número de adultos voluntários é maior em termos
absolutos, mas o rácio adultos/jovens é menor", refere Carlos Alberto
Pereira. Ou seja, "a proporção não é má, mas implica um esforço muito
duro".
De olhos postos nas colinas cobertas de tendas e construções de
madeira, nos 79 hectares do Monte Trigo, o chefe nacional dos escuteiros
compara o acampamento a "uma vila de média dimensão", com tudo o que a
compõe, "desde estruturas de limpeza, saúde, águas e saneamento".
Para que tudo funcione e face a uma procura crescente, "vamos fazendo
um esforço maior cada um e uma das coisas que mais me agrada é ver que
tudo resulta", destacou à Lusa.
Sem lamentos, Carlos Alberto Pereira considera a sociedade "generosa"
para com os escuteiros "em todo o tipo de trabalho", desde os mais
árduos até outros menos visíveis "como a obtenção de licenças".
Apesar da crise e de não se saber "como tudo vai evoluir
socialmente", o líder dos escuteiros assegura que a organização
continuará a estabelecer formas de solidariedade "para que nenhum jovem
ou criança" fique privado do acampamento por falta de recursos.
Ao repetir, pela primeira vez, o local do acampamento nacional,
escolhendo Idanha-a-Nova por já ter infraestruturas montadas, "foi
possível poupar" nas contas do evento.
Este ano, cada participante paga cerca de 80 euros, em vez de um
valor na casa dos 100 euros, como aconteceu no último encontro,
destacou.
Segundo Carlos Alberto Pereira, houve ações de angariação de fundos
em diversos agrupamentos do país e como resultado houve participantes "a
pagar só 20 euros: o princípio é que todos têm que pagar alguma coisa".
Para o dirigente, "custa tanto organizar um acampamento patrulha de
sete elementos, como um acampamento nacional, porque o modelo é mesmo: e
só multiplicar por 1000, 2000 ou mais".
Considera que "o importante no movimento não é o chefe nacional, mas
sim cada jovem ou criança e o seu guia de patrulha. E esses estão aí
todos, só precisam de espaço e condições".